Hoje quero
falar-lhes sobre o PERDÃO.
Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, ‘o perdão é
um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou
contra si mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, diferenças, erros ou
fracassos, ou cessar a exigência de castigo ou restituição’.
Você sabia
que no campo espiritual, e carnal devemos ser ‘seres perdoadores’?
É! Não estou
aqui dizendo isso a você leitor só para esvaziar a minha carga de culpa não!
Eu preciso
ser constantemente perdoado, pois erro muitas vezes. Às vezes ou na maioria das
vezes preciso apenas pedir desculpas, mas também em meio a tantas outras vezes,
preciso pedir também perdão.
Preciso do perdão da minha esposa, preciso do perdão da minha família, preciso do perdão dos meus amigos... até preciso do perdão dos meus inimigos e, acima de todos estes, preciso do perdão de Deus!
Afinal, eu
cometo erros, uns mais difíceis de serem ultrapassados que outros, mas
afinal... você é o todo ‘certinho’ que não comete erros que também precisam ser
perdoados?
Não, não estou
falando de pecados apenas, pois estes todos nós sabemos que temos que pedir perdão
à nosso Pai Celestial, e Ele nos perdoa sim, se verdadeiramente nos
arrependermos.
“... quem
pode perdoar pecados, senão Deus?” Marcos 2:7
“Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça.” I Joao 1:9
“Ora, para
que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados...”
Lucas 5:24 / Mateus 9:6
E por ai
vai...
Eu sei que
quando erro, se verdadeiramente me arrependo, e vou até Jesus, “Ele é Fiel e
Justo para perdoar” os meus pecados.
E os seus
também, prezado leitor.
Então,
pegue a sua Bíblia... sim, aquela que você usa em momentos de aflição, e vamos estudá-la
um pouco mais...
Acompanhe comigo a
seguinte leitura no livro de Mateus, no capítulo 18 e os versos 21 e 22 que
diz:
“Então Pedro chegou
perto de Jesus e perguntou: – Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão
que peca contra mim? Sete vezes? Não! – respondeu Jesus. – Você não deve
perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes.”
Alguns afirmam que
temos que perdoar 490 vezes o mesmo erro, e eu acredito nisso, só não consigo
acreditar que exista alguém que cometa 490 vezes o mesmo erro a uma mesma
pessoa, portanto, não vou por este caminho.
Mas vou sim, pelo
caminho de que se alguém, durante uma vida errar contra você 490 vezes, você deve
estar disposto a perdoá-lo 491 vezes, pois disse Alexander Pope que ‘errar é humano e perdoar é divino’,
porém, Platão foi mais longe ao afirmar que ‘Errar é humano, mas também é
humano perdoar. Perdoar é próprio de almas generosas’.
Acaso você possui
uma alma generosa?
Quando
somos ofendidos, carregamos conosco sentimentos como mágoa, angústia, tristeza,
decepção, raiva, ódio, etc.
Estes sentimentos a fazer parte de nosso dia a
dia. Eles nos acompanham por tempo indeterminado que podem ser minutos, horas,
dias, semanas, meses, anos... E tais sentimentos nos provocam algo que não
desejamos: muita dor.
Muitas vezes,
a ofensa é tão grande que desejamos que aquele que nos ofendeu comece a sofrer, e claro, desejamos que aquela pessoa que nos ofendeu venha até nós pedindo o perdão.
Essa é a lógica da situação.
Mas fica a
inquietante pergunta:
E se essa
pessoa que muito nos ofendeu não vier? Não a perdoaremos?
Reflita.
Será que você
mesmo já cometeu uma ofensa a alguém e até hoje não foi a essa pessoa pedir perdão?
Ficaremos
sentindo o desejo de perdoar até esta pessoa vir e pedir perdão? Mas... se ela não
vier?
Devo ficar ‘na
minha’, afinal o ofendido sou eu?
Voltemos à
Bíblia, porém, agora no livro de Romanos, no capítulo 12 e verso 18.
“No que
depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as pessoas.”
(BLH)
Vou te
dizer uma coisa que a maioria dos seres humanos jamais aceitarão: se você foi
ofendido, aproxime-se de quem o ofendeu e peça perdão.
Brincadeira?
Não!
Não faça
parte da maioria, pois nem sempre a maioria está certa, pois lembre-se que foi
a maioria que gritou: ‘Crucifiquem-no! Crucifiquem-no!’
Esta sua
atitude humildade e de iniciativa certamente agradará a Deus e o amor do Criador
do perdão vai constranger seu irmão.
Perdão não é sentimento, é atitude, por isso, aja você se a outra parte não quer
agir.
Entenda que
perdão não é uma opção e sim um mandamento.
Eu que fui
ofendido e eu que devo pedir perdão?
O simples
fato de tomarmos a iniciativa de pedir perdão pela ofensa recebida nos coloca em
uma posição de busca de santificação.
Guardarmos
mágoas e ressentimentos é como beber um veneno que faz mal somente a nós
próprios.
Quando
somos perdoados, sentimos uma paz interior inexplicável.
Assim
acontece também quando perdoamos.
Alcançamos
esta mesma paz interior que só Deus pode nos proporcionar... por isso, perdoar
é divino, e este ato nos aproxima mais ainda da Fonte de Perdão.
Não devemos
permitir que a dureza de nosso coração nos impeça de desfrutarmos da paz que
somente Deus pode nos proporcionar.
O ato de
perdoar nos trás outras coisas boas.
Veja Mateus
6:14 e 15:
“Porque, se
vocês perdoarem as pessoas que ofenderem vocês, o Pai de vocês, que está no
céu, também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem essas pessoas, o Pai de vocês
também não perdoará as ofensas de vocês.” (BLH)
O que você prefere?
Receber o perdão de Deus ou rejeitá-lo por causa do seu orgulho em não perdoar?
“Perdoem os
outros, e Deus perdoará vocês.” (BLH) Lucas 6:37
Como então poderemos
estar dispostos a receber o perdão de nossos semelhantes se não estamos dispostos
a perdoar quem nos ofende?
E mais...
como estamos dispostos a pedir o perdão de Deus senão somos capazes de fazer o
mesmo àquele que nos ofende?
Perdoar é
beber o antídoto para o veneno que está em nossa alma.
Perdoe...
esqueça a ofensa... passe por cima!
Afinal, você
vale muito mais do que aquilo que a ofensa pode lhe tirar.
Perdão é o
remédio para os atritos de relacionamentos entre as pessoas. A arte de saber
perdoar e receber o perdão é uma mágica que faz com que os relacionamentos
sejam duradouros. Na realidade, o perdão é um processo de cura que promove a
saúde em todos os seus aspectos. Através do perdão, você faz as pazes com o
passado, dá espaço para que a alegria se instaure no presente e adquire
esperança para o futuro. (1)
Perdão não
envolve somente o ato de perdoar, mas também o de pedir perdão. Ambos são
importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e espiritual como filhos de
Deus. (1)
Perdoar não
significa que você irá esquecer, mas certamente passará por cima da questão.
Recomeçará.
Enterre
este problema e nunca mais vá no ‘quintal das angústias’ cavar para desenterrá-lo.
Lembre-se:
Você é muito maior do que a ofensa!
Se vizinho
lhe ofendeu? Perdoe? Seu filho ‘pisou na bola’? Perdoe. Seu cônjuge lhe magou?
Perdoe. Seus pais lhe castigaram sem motivo justo? Perdoe.
Sempre
haverá chance de reconciliação onde houve oportunidade para o erro.
“Por
estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam
do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então
peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo
amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal
ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os
outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios
interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de
pensar que Cristo Jesus tinha.” (BLH) Filipenses 2:1 a 5
“Tenham
cuidado! Se o seu irmão pecar, repreenda-o; se ele se arrepender, perdoe.”
(BLH) Lucas 17:3
Termino com
essas linhas extraídas do livro Parábolas de Jesus, pág. 245 a 249:
“Eis a razão por que devemos ter compaixão de
pecadores como nós também. "Se Deus assim nos amou, também nós devemos
amar uns aos outros." I João 4:11. "De graça recebestes", diz
Cristo, "de graça dai." Mat. 10:8.
Quantos hoje em dia não manifestam o mesmo espírito! Quando o devedor
pediu ao seu senhor misericórdia, não tinha verdadeiro conhecimento do vulto da
dívida. Não reconheceu seu estado irremediável. Tinha esperança de livrar-se a
si mesmo. "Sê generoso para comigo", disse ele, "e tudo te
pagarei." Assim há muitos que esperam por suas próprias obras merecer a
graça de Deus. Não reconhecem a própria incapacidade.
Não aceitam como dádiva liberal a graça de Deus, antes procuram apoiar-se
em justiça própria. Seu coração não está quebrantado nem humilhado por causa do
pecado, e são severos e irreconciliáveis para com os outros. Seus próprios
pecados contra Deus, comparados com os do irmão para com eles, são como dez mil
talentos contra cem dinheiros - quase um milhão contra um, e ainda
ousam ser irreconciliáveis.
Devemos tratar os outros como quereríamos ser tratados sob
circunstâncias idênticas.
Se vossos
irmãos erram, deveis perdoar-lhes.”
Que Deus
continue tendo misericórdia de nós e mova Seu poderoso braço sempre para nos
abençoar!
Grande
abraço.