segunda-feira, 17 de abril de 2017

O jugo desigual e a palavra de Deus... A vontade dEle ou a minha?








Olá amigos do blog O Futuro nos Espera, tudo bem? Espero realmente que sim!

Hoje quero escrever sobre um tema que infelizmente já virou motivo de debate no meio cristão, e opiniões do ‘eu acho’ já virou moda ao invés de consultar realmente o ‘assim diz o Senhor’, que está acessível a todos por meio de Sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

Muitas pessoas, de todas as faixas etárias tem tido grande dificuldade em atender (não há dificuldade alguma em entender) os conselhos dados através da Bíblia por Deus a Seu povo sobre o assunto do relacionamento do crente com o descrente, e mais ainda, com os cristãos que não professam a mesma fé.

Muitos usam a argumentação de que mesmo quando as pessoas são da mesma igreja, professam a mesma fé e vivem sob uma mesma doutrina, tais casamentos também podem ser desfeitos. Essa verdade é clara e as estatísticas comprovam tais fatos. O número de separações dobrou na última década, e antigamente havia um ‘medo’ maior para evitar essa situação. Vários fatores contribuíam para que o casamento fosse mantido, mesmo sob grandes dificuldades conjugais, tais como: estabilidade dos filhos, vergonha de ser divorciado, medo de não encontrar outra pessoa que aceite ter um relacionamento com pessoas divorciadas, aceitação da família perante o divórcio e até mesmo nas questões sociais.

Desde a década passada, o acesso fácil ao divórcio perante as autoridades e a aceitação na família e sociedade, fizeram deste passo, algo tão comum que antes mesmo de se casarem, as pessoas já admitem que ‘se não der certo, a gente se separa’, com a maior naturalidade na argumentação.

Evidentemente que se a situação conjugal for mesmo insustentável, para que não haja um dano maior, melhor mesmo ‘cada um para o seu lado, mas a Bíblia nos orienta, para não dizer ‘’ajuda’’ a evitarmos que tal passo seja dado em vão no que no começo era uma ‘linda história de amor’ e não final um trágico casamento.

Deus abertamente estabeleceu condições bem definidas sobre o relacionamento amoroso de Seus filhos. Na Bíblia temos todas as evidentes indicações divinas afirmando claramente que o casamento do povo de Deus deve ficar limitado aos da mesma fé. A pessoa crente não deve casar-se com alguém que não faça parte do povo de Deus.

Encontramos tais afirmações no Velho Testamento e também no Novo Testamento.

Vou colocar os textos na linguagem de hoje para enfatizar o que já é mais que evidente.

“Não casem com essa gente, nem vocês, nem os seus filhos ou as suas filhas, pois esses povos farão com que os seus filhos rejeitem a Deus e adorem outros deuses. Aí o Senhor Deus ficará irado com vocês e os destruirá de uma vez.” Deuteronômio 7:3 e 4.

Muitos usam o infeliz exemplo de Salomão ao dizer que ‘ele teve 1.000 mulheres’ e mesmo assim Deus estava com ele. Leia por si mesmo o relato em I Reis 11:1-9 e verá que não foi bem assim. Deus nunca quis que Salomão tivesse mais de uma esposa e também não era da vontade de Deus que ele se casasse com uma mulher que não fosse do seu povo. Salomão tinha o direito, como nós todos temos, de escolher com quem vamos namorar, noivar e casar, nisso Deus não interfere, é nosso ‘livre arbítrio’, mas as consequências de sermos bem sucedidos ou não em nossas escolhas certamente virão. Deus apenas ‘tolerou’ as escolhas de Salomão, e depois, se quisermos nos aprofundarmos sob a vida de Salomão, basta lermos o livro de Provérbios e veremos se ele realmente foi completamente feliz em suas escolhas.

Josué também avisou “Mas, se vocês não forem fiéis a ele, e fizerem amizade com os povos que ainda estão aí, e casarem com essa gente, 13podem ficar certos de que ele não expulsará mais esses povos do meio de vocês. Pelo contrário, eles se tornarão perigosos para vocês, como se fossem precipícios, armadilhas, chicotes nas costas ou espinhos nos olhos. E isso continuará até que vocês desapareçam desta boa terra que o Senhor, nosso Deus, lhes deu.” Josué 23:12 e 13.

Quando Neemias retornou à terra de Judá, depois de visitar a terra de seu cativeiro, ele descobriu que muitos dos filhos de Israel não podiam falar a língua dos judeus devido aos casamentos mistos que tinham contraído. Neemias contendeu com eles e os obrigou a se separarem completamente das mulheres estrangeiras (Neemias 13:23-27). O grande problema dos casamentos mistos é que mais cedo ou mais tarde os filhos tenderão mais a seguir o pai ou a mãe descrente, e deixarão de servir a Deus com o que é crente. Os casais mistos são testemunhas das lutas e dificuldades para criarem os seus filhos no evangelho.

Escrevendo a Igreja de Coríntios, Paulo recomendou em sua primeira carta que a mulher está ligada ao seu marido enquanto vive, contudo se vier a falecer o marido, a mulher está livre para casar-se novamente, mas somente no Senhor. “A mulher não está livre enquanto o seu marido estiver vivo. Caso o marido morra, ela fica livre para casar com quem quiser, contanto que case com um cristão. (I Cor 7:39).

Alguém vai dizer: “Eu posso fazer tudo o que quero.” Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: “Posso fazer qualquer coisa.” Mas não vou deixar que nada me escravize.” É o próprio Paulo quem escreve isso em I Cor. 6:12.

Você também pode ler o que ele recomendou em II Corintios 6:14 e 15 e o argumento por si só já se define aqui.

Claro que muitos vão continuar argumentando que isso não tem nada a ver, os tempos são outros e mais modernos, porém, a Palavra de Deus permanece para sempre, é eterna e Sua validade atinge a todas as pessoas.

Encontro muitos que dizem que o relacionamento de pessoas que não professam a mesma fé pode dar certo sim, afinal, depois do casamento, ele ou ela podem vir a aceitar a fé e tudo ficar bem. Mas, e se não for assim? Vale a pena arriscar?

Não é um risco totalmente desnecessário?

Existem muitos jovens que se envolvem com pessoas que não tem a mesma fé e que acabam se apaixonando profundamente e depois, entorpecidos pelo sentimento de amor, já não conseguem ouvir e distinguir a voz de Deus, ignoram completamente os Seus conselhos e mais tarde passam por tamanha desilusão, com um casamento destruído, com filhos marcados por uma convivência conturbada, o psicológico abalado e uma consciência pesada por no final, não ter ouvido e seguido a voz de Deus para seu futuro.

Pode realmente até ser que existem casamentos assim que foram bem-sucedidos, mas acredito que são extremamente raros. Vale a pena arriscar?

Ainda estamos em tempo de fazer as melhores escolhas segundo a direção do Senhor.

Finalizo com estas palavras extraídas do livro ‘Nossa Alta Vocação’, pág. 534, com título ‘Cuidado com as afeições’.
“Desejaria aconselhar-vos a ser cautelosa quanto ao objeto de vossas afeições. ... Lembrai-vos de que vossa vida pertence a Jesus, e que não deveis viver apenas para vós. Não deveis entrar em relações conjugais com um incrédulo; pois assim fazendo, fazeis justamente o contrário do que Jesus nos manda. ... A pura verdade que satisfaz a vida vos dará coragem para separar-vos da mais aprazível relação, a qual reconheçais não ter o amor e temor de Deus... Estou simplesmente a transmitir-vos a Palavra de Deus, pois Ele declara que tal união dará em resultado separar vosso coração de amar e servir a Deus. ... Como uma filha Sua, só vos é permitido consorciar-vos no Senhor. ... Se acaso consentísseis em unir vossa vida com a de um incrédulo, estaríeis desconsiderando a Palavra de Deus e pondo em risco a vossa vida. ... Seja todo passo em direção da aliança matrimonial caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. ... Fazei de Cristo vosso conselheiro. Estudai Sua Palavra com oração.”

Que Deus continue tendo misericórdia de nós e mova Seu poderoso braço sempre para nos orientar e abençoar!

Grande abraço.


https://www.youtube.com/watch?v=qVcyrH1pTSg

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